AL/MT
Ferrovia Integração Centro-Oeste é tema de audiência pública no Vale do Araguaia
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Amanhã dia 22 de novembro, a Assembleia Legislativa-AL/MT realiza audiência pública em Água Boa para discutir a manutenção do traçado da Ferrovia Integração Centro-Oeste (Fico). A audiência foi requerida pelo deputado Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, por solicitação do prefeito do município, Mauro Rosa (PSD), o Maurão, e representantes da Câmara Municipal.
A audiência será realizada no auditório da Universidade Aberta do Brasil (UAB). O palestrante convidado é o economista Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Atualmente, Pagot trabalha na estruturação de projetos de infraestrutura logística na implantação de portos, vias navegáveis, companhias de navegação, integração de modais.
“Nesta audiência vamos debater em caráter contestatório e reivindicatório a não mudança do traçado, onde o projeto original compreende o município de Campinorte (GO) a Água Boa (MT), passando por Cocalinho até Lucas do Rio Verde”, explicou Nininho.
Nininho ressaltou, que caso esse projeto não seja executado, todo um trabalho de anos será desperdiçado. “Tive conhecimento de outra alternativa, que seria o município de Querência, nós sabemos o quanto custa um projeto como esse, é oneroso, além do tempo que se perde”, ponderou.
De acordo com o Movimento Pró-Logística, a Fico vai proporcionar um alívio significativo para o escoamento dos grãos do Vale do Araguaia, permitindo a redução de custos do frete em aproximadamente 25%.
Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção de soja e milho na região representa 32% da produção do estado, e até 2025 deve saltar de 20 milhões para 29 milhões de toneladas.
Para o prefeito Maurão, a ferrovia é extremamente importante não apenas para Mato Grosso, mas para todo país. “A Fico representa, além da redução nos custos do transporte, a oportunidade de novos investimentos, como é caso da exploração de minérios. Hoje o Araguaia é uma fronteira agrícola importante para o país, com mais de 4 milhões hectares para abrir sem causar danos ao meio ambiente, sem falar que o projeto vai fortalecer o trecho da Ferrovia Norte-Sul, e futuramente será instalada em Lucas do Rio Verde, tornando-se uma transcontinental por meio do Oceano Atlântico ao Pacífico”, pontuou o prefeito.